
Roma, 01 de Abril de 2015
‘’Não temais, ressuscitou. Vos precederá em galileia’’
 (Mc 16,6-7)
 ‘’É a vossa vida que deve falar, uma vida da qual transparece 
 a alegria e a beleza de viver o Evangelho e de seguir Cristo’’
 (Francisco, Carta aos Consagrados, n. 1)
  
Caríssimos Confrades
 Boa e Santa Páscoa a todos!
Que a luz da Ressurreição ilumine a mente, o coração e as escolhas de cada um neste ano dedicado à Vida Consagrada.
  
 Se a Quaresma, que acabamos de viver, nos estimulou a olhar para dentro de nós mesmos para descobrir as razões profundas e ultimas da história de homens e de religiosos, a Páscoa nos dá a certeza de que Deus não é inferior às suas promessas,  que uma vida nova é ainda possível e ‘’que Deus continua sempre como guia do nosso caminho’’.
  
 O ano da Vida Consagrada que estamos vivendo  convida-nos a agradecer e a louvar o Senhor pelo dom da Vida Religiosa e a fazer ‘’memoria da fé’’. Esta nos oferece as raízes de continuidade e perseverança: uma identidade forte para reconhecermo-nos como parte de uma história. A releitura da Fé, do caminho percorrido não pára nos grandes acontecimentos, mas ajuda-nos a reler a história pessoal, dividindo-a em etapas eficazes e ajudando-nos a descobrir como os traços de Deus, ao longo do caminho da nossa vida, se confundem com os nossos. (cfr. Escrutai, 5 CIVCSVA).
  
 Continuamos a deixarmo-nos interpelar pela Palavra de Deus e pela urgência e necessidade de colocar sempre no centro da nossa vida a pessoa de Cristo. Estes dois elementos podem realmente ‘’ser garantia de autenticidade e de qualidade para o presente e para o futuro da nossa vida de consagrados’’ (cfr. Escrutai, 7 CIVCSVA).
  
 A páscoa nos chama a ser testemunhas alegres da pessoa de Cristo e da sua Ressurreição e a ser anunciadores corajosos da sua Palavra. Tudo isto faz parte do DNA da nossa espiritualidade saletina que normalmente resumimos em uma palavra: Reconciliação.
  
 ‘’Testemunha do Evangelho-lembra o Papa Francisco-é aquele que encontrou Jesus Cristo, que o conheceu, ou melhor, se sentiu conhecido por Ele, reconhecido, respeitado, amado, perdoado e este encontro lhe tocou profundamente, lhe encheu de uma alegria nova, um novo significado de vida. E isto transparece, se comunica, se transmite aos outros’’ (Francisco, discurso ao MAC, 29 Março 2014).
  
 O encontro com Cristo mudou verdadeiramente ou está a mudar a minha e a nossa vida? Podemos realmente dizer que também nós ressuscitamos com Cristo?
 Vivemos com intensidade a alegria da páscoa e não deixaremos ninguém roubar-nos esta alegria.
  
 No próximo dia 8 de Dezembro, com a abertura da Porta Santa da Basílica de S. Pedro, iniciaremos um Ano jubilar extraordinário dedicado à Misericórdia no cinquentenário do encerramento do Concílio Vaticano II. O Papa Francisco no dia 13 de Março passado  anunciou este evento com estas palavras: ‘’assim toda a Igreja neste jubileu poderá encontrar a alegria para redescobrir e tornar fecunda a misericórdia de deus com a qual somos chamados a dar consolação a todos os homens e mulheres do nosso tempo’’ (Francisco, 13 Março 2015).
  
 Nós Missionários de La salette  devemos alegrar-nos com o Papa que recorda como a misericórdia é a essência e o coração do Evangelho. Conjugar pois a reconciliação e a misericórdia no ministério de cada dia será a missão que cada um de nós e a nossa Congregação  farão esforço de realizar durante todo o próximo ano santo.
  
 Que a Virgem de La Salette, Mãe da reconciliação, nos acompanhe neste ano da Vida Consagrada a descobrir as razões profundas do nosso ser religioso no meio do povo de Deus e da nossa pertença à Congregação. Ao mesmo tempo nos ajude a preparar o nosso coração e a nossa mente para acolher como dom especial o Ano Santo da Misericórdia e vive-lo nas nossas comunidades e paróquias à luz da mensagem que nos foi deixada em La Salette.
  
 
 Sinceramente Vosso,
 Silvano Marisa

 
										 
										 
										 
										 
										