Pelos caminhos do mundo (163 anos de fundação)

Saletinos

 

“Os Missionários de Nossa Senhora da Salette constituem, no seio do povo de Deus, uma Congregação religiosa e apostólica consagrada ao ministério da Reconciliação” – Const. n. 1.

 

A experiência e o senso pastoral de Dom Philisbert de Bruillard não se detêm no fato da Aparição e tampouco na declaração da veracidade da mesma. A 1º de maio de 1852 – 163 ANOS – ele publica um novo mandamento, anunciando a construção de um Santuário sobre a montanha de La Salette e a criação de um grupo de missionários diocesanos a quem dá o nome de – Missionários de Nossa Senhora da Salette – e acrescenta: “A Santa Virgem apareceu em La Salette para o mundo inteiro, quem disso pode duvidar?”. O futuro iria confirmar e ultrapassar estas expectativas, assegurando o elo de ligação. Pode-se pois dizer que Maximino e Melânia cumpriram a sua missão. Dom Philibert de Brouillard

 

De uma equipe de Missionários diocesanos...

 

Durante os anos em que pacientemente prosseguia na investigação a respeito do fato de La Salette, Dom Felisberto de Bruillard amadurecia um projeto que lhe ia no coração: a instituição de uma equipe de missionários diocesanos. Antes ainda do reconhecimento oficial do fato, o Bispo assegurou às multidões de peregrinos “o serviço da religião”. A autenticidade da Aparição uma vez definida, tomou a decisão de construir um novo Santuário a Maria. O encontro dessa necessidade pastoral com o evento de La Salette foi providencial.

    O nosso trabalho estaria orientado numa perspectiva muito precisa: prosseguir na obra iniciada por Maria a 19 de setembro de 1846, tornando-nos os Missionários de Nossa Senhora da Salette. Dessa forma, na consciência do fundador uniam-se a vontade de Maria e as necessidades da Igreja.

 

Uma comunidade religiosa...

O previsto chegou: a meditação sobre a graça de La Salette, e as necessidades espirituais dos peregrinos, levaram muito rapidamente estes pastores a uma conversão relativamente à própria vida e ao futuro da equipe. Numa carta de quatro de agosto de 1855, o Pe. Denaz solicita a Dom Ginoulhiac “a vida religiosa com os três votos” (Pobreza, Castidade e Obediência). Os votos de vida religiosa, primeiramente temporários, e depois perpétuos, garantiriam a esta Congregação, as condições de existência e crescimento. De mais a mais, o evento de La Salette assim aprofundado e vivido, seria um remédio adaptado aos males que desagregam a sociedade. Os religiosos viveriam desse mesmo espírito.

    Os primeiros votos foram efetivamente pronunciados em 1858. O Pe. Silvan Marie Giraud, é ele quem, desde o noviciado e depois como mestre de noviços e superior, iria transformar esta primeira geração em verdadeira comunidade religiosa, ajudado por homens de valor como o Pe. Archier, os Pes. Perrin, Chapuy, Henrique e João Berthier. Muito rapidamente os limites da Diocese foram ultrapassados, apesar do pequeno número de missionários, onze apenas, mas impregnados da graça da Salette.

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À uma Congregação Missionária

 

Em 1876, chega a Grenoble um novo pastor. Ele quer fazer da comunidade uma verdadeira Congregação. Nessa mesma época, Dom Bernard, Prefeito Apostólico na Noruega, está à procura de missionários. Em 1879, tudo acontece de uma vez: a consagração da Basílica e a coroação de Nossa Senhora da Salette. D. Bernard pede sua admissão na Congregação, agora reconhecida como de direito pontifício, uma verdadeira Congregação mariana e missionária.

Que a data de hoje seja para nós de estímulo, crescimento, coragem, ânimo para seguir em frente apesar dos percalços no caminho. Dom Felisberto teve a ousadia, de mesmo formando missionários diocesanos para a montanha, pensar a sua vida religiosa, não como conhecemos de muitos fundadores, mas no íntimo do seu coração. Foi ele quem nos deu o nome (Missionários da Mãe) e a missão (Reconciliadores da Mestra). A ele nossa gratidão.

Ir. Emerson Aguiar, MS.

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