Carta - Páscoa 2024
Santa Páscoa 2024 “Nosso Redentor ressuscitou dos mortos: cantemos hinos ao Senhor nosso Deus, Aleluia”   (Da liturgia) Queridos irmãos, com a chegada da Santa Páscoa, gostaria de chegar idealmente a cada um de... Czytaj więcej
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Um pouco de História
"Pois, bem, meus filhos, fazei-a passar a todo o meu povo!"
O conteúdo da mensagem de Maria aquando da aparição em La Salette, a 19 de Setembro de 1846, tem uma riqueza bastante profunda que engaja todo aquele que decidir lê-la, ouvi-la, interpreta-la, etc.
Destarte, quem põe em prática a mensagem de La Salette, anuncia sem fronteiras e parte para os recônditos do mundo, sem olhar pelas prementes dificuldades linguístico-culturais.
Maria, ao dizer: "fazei-a passar a todo o meu povo", mostrou a urgência que o seu povo tem de se reconciliar com Deus. O mandato de Maria é profundamente missionário, porque Missão é também ir mais longe possível anunciando a boa nova, neste caso é a boa nova da Reconciliação. A presença Saletina aqui em Angola, é fruto também deste mandato recebido pelos missionários suíços que decidiram apontar o barco para as terras de Angola. Aliás, a história de La Salette, em Angola não se pode abordar sem referência máxima aos Saletinos suíços que, com muitas dificuldades, trouxeram a linda mensagem da Reconciliação.
Foi, exactamente em 1946, aquando do centenário da aparição (1846-1946), que os missionários chegaram em Angola de um barco chamado Kwanza. Não conheciam o povo local, senão de ouvir-dizeres, não conheciam a cultura local, senão de ouvir-dizeres, não conheciam as línguas locais senão de alguns estilhaços do Português, e como senão bastasse tinham que se desenrascar nestas línguas sobretudo em umbundu. Ora bem, para quem está convicto de que deve anunciar a mensagem da Reconciliação todas estas dificuldades acima referidas não constituiram empecilhos. Lembremo-nos de que a própria mensagem foi transmitida em Francês e em Patois. Se os franceses tivessem medo do alemão, ou se os suíços tivessem medo do polaco, etc..... do italiano... do umbundu.. das línguas das índias...por aí além, a mensagem de Maria cairia por terra e seria como um fumo ténue que ondeia em horizonte.
Emílio Truffer, Rafael Meichtry, Eduardo Jud, João Baptista Damann, Otmar Schweizer, Justo Villiger, João Meier e Roberto Harder são os pioneiros da saletinidade em Angola.
De Bíblia na Bagagem, estes 8 missionários ficaram assim repartidos: 5 para a Missão da Ganda (Ndunde): Emílio Truffer, Rafael Meichtry, Eduardo Jud, João Damann e Otmar Schweizer; 3 para a Missão do Lukondo (Huíla): Justo Villiger, João Meier e Roberto Harder. A partir daí, começaram a desenvolver a sua actividade missionária, fundando novas missões e casas de formação, sendo a 1ª a de Nossa Senhora de La Salette (Tchindjendje), em 1947. Seguiram-se, depois, as do Kola (1952), Hanha (1954), Kalukembe (1962), Malongo (1964), Cubal (1965), Catumbela (1971), o Seminário Maior no Huambo (1978 – onde funcionou o Escolasticado e a Filosofia 1), e o seminário Médio em Benguela (1986). Em 1990 foi fundada a actual Casa Provincial na Catumbela. Ainda em 1990 marcávamos a presença saletina no Lubango, com o noviciado e cuidando da Paróquia de S.João Baptista, na Mapunda. De Salientar que por motivos de espaço, o noviciado mudou-se para Catumbela, no antigo Escolasticado onde funcionou por 3 anos lectivos. Por sinal foi só um regresso, porque antes do Noviciado ir para Lubango, já funcionava na Catumbela. Em 1999, foi fundado o Centro Saletino de Formação e Espiritualidade (CESAFE). Aí onde funciona o Noviciado ja desde de 1999, quando saiu novamente da Catumbela para Lubango. Em 2002, La Salette chagava no Namibe, cuidando da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima do Forte. Em 2008, pela primeira vez La Salette ao norte de Angola, concretamente na então Diocese e actual Arquidiocese de Malange, na Missão de Santa Ana, Mussolo (Kambundi-Katembo). Em 2011 chegamos a Luanda, concretamente em Viana. Em 2002, a mensagem saletina ultrapassava as fronteiras e instalava-se em Opuwo – Namíbia e em 2007 em Omuthiya–Namíbia.
Chegada de outros grupos.
Em 1946 chega o 1ºgrupo: Emílio Truffer, Rafael Meichtry, Eduardo Jud, João Baptista Damann, Otmar Schweizer, Justo Villiger, João Meier e Roberto Harder. Em 1947 chegou o 2º grupo dos missionários constituído por: Ernest Tremp para a Ganda e José Von Rickenbach para Tchindjendje. Em 1948 chegou o 3ºgrupo constituído por: Ir.Francisco Ruesch para Lukondo, o Pe.José Senn para a Ganda, oPe.Leão Sarbach para o Tchindjendje e Pe.Otto Balmer também para Tchindjendje. Em 1950 chega sozinho o Padre Leonardo Roos para Tchindjendje. Em 1954 chegam o Pe.Erwin Truffer para Kola e o Pe.José Oehri para a Hanha. Em 1955 chega Ir.Mrcelino Tschugmell para a Ganda. Em 1957 chegam os Padres Francisco Eggs para Tchindjendje e Beda Luís Keller para o Lukondo. Em 1958 chega o Pe. José Bögli para o Kola. Em 1963 chega o Pe.Sigfried Heiss para o Kola. Em 1964 chega o Ir.Arthur Kamber para o Tchindjendje e o Pe.Emílio Frick para o Kalukembe. Em 1967 chegam os Padres José Graf para Cubal e Leandro Volken para Tchindjendje. Em 1968 chegam o Ir.Beato Zumstein para Tchindjendje e o Pe.Viktor Andereggen para Kalukembe. Em 1970 chega o Pe.Bruno Jentsch para a Ganda. Muitos desses já morreram e poucos vivem. Vivem na Suiça os Padres Roberto Harder, Francisco Eggs, Pe.Viktor Andereggen. A semente lançada caiu em boa terra. O crescimento dos saletinos, em Angola, é de cem por um. Angola conta, assim, com quatro casas de formação segundo as várias etapas: Propedêutico, Filosofia, Noviciado e Juniorado (Escolasticado).
Deus abençoou a Província de Angola com muitas vocações. As estatísticas actuais mostram isto mesmo. Angola conta com mais de 90 membros, entre professos, irmãos e noviços. Há um número considerável de seminaristas, o que desenha um futuro riso para a Província e para a Congregação. Temos alguns confrades fora do País: França, Itália, Namíbia, Portugal, alguns trabalhando na Pastoral, outros estão em estudos de especializações em vários campos do saber e até no Conselho Geral, através do Secretário Geral, Pe.Belarmino Tchipundukwa.
Após à chegada dos missionários em 1946, formava-se, então, o Destrito, cujo Superior foi o Padre Emil Truffer, suíço de nacionalidade. A Região, como tal, foi formada em 1964. Seu primeiro Superior Regional foi o Padre Eduardo Jud e o primeiro Superior Regional angolano é o Padre Tarcísio Tchiheke.

Ordem dos Superiores Regionais
De 1946-1964 – Pe.Emil Truffer (suíço) – ainda como destrito. De 1964-1973 – Pe.Eduardo Jud (Suíço e 1º Superior Regional). De 1973-1988 – Pe.Emil Frick (suíço) De 1988-1996 – Pe.Tarcício Tchiheke (1ºSuperior Regional angolano). De 1996-2000 – Pe.Alberto Ilidio (angolano). De 2000-2006 – Pe.Pedro Tchingandu (angolano). De 2006-2012 – Pe.Venâncio Nunda (angolano). De 2013- Pe.Pedro Chingandu (Primeiro Superior Provincial).
O I Capítulo Provincial e histórico ocorreu de 07-11 de Janeiro de 2013 no Centro Saletino de Formação e Espiritualidade (CESAFE). O Capítulo foi animado pelo Conselho Geral através do Padre Silvano Marisa, Superior Geral e do Pe.Henryk Przeździecki, Conselheiro Geral. Este Capítulo elegeu o Primeiro Superior Provincial que é o Padre Pedro Chingandu.
Por Pe.António dos Santos Tchindau, MS


1. Por motivos de Guerra, o Seminário Maior (Filosofia e Teologia) mudou-se para Benguela. Em Benguela, a Filosofia funcionou, como funciona, no S.João. Aí parece ter encontrado raízes profundas pelo que já não voltará a Huambo. A última Assembleia Capitular Provincial, em Janeiro de 2013, decidiu a permanência da Filosofia em Benguela e a transferência do Propedêutico para o Huambo. Brevemente, será efectivado este Projecto. Por sua vez, a Teologia funcionou no antigo noviciado na Catumbela. Depois que terminou a Construção do novo Escolasticado, em 2010, no Cavaco, em Benguela, esta etapa de formação mudou-se para Benguela. O Escolasticado está definitivamente instalado em Benguela.

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